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segunda-feira, 27 de junho de 2016

23:58

o desejo só quer se aninhar na doce memória da madrugada, mas a dona moça está em chamas, labaredas altas e certeiras - que quem as acende é dono remédio e do veneno. mirando certeiramente a dona moça, o velho montado em seu centauro acenando, pesando, lembrando daquilo que despreza o corpo e que amplifica o espírito. o fogo do conhecimento, a luz da sabedoria. e o copo quer concha. e a cabeça dói. e a dona moça atiça o que só se alimenta de memória: então as crie, novas, agora. e grandes. imensas. e acelera a playlist e me cansa. e a insônia acena. e tudo isso com o menino dos recados falando alto pela madrugada sobre tudo isso que não se diz.