corredor.
passos.
"oi!"
lava louça.
conta do gato que agora sobe nas mesas, invade privadas
roça lixos.
o silêncio.
"agosto né? mês do cachorro louco." - deve ser isso, a gente justifica o inferno astral dos relacionamentos.
salada? "cê gosta de tapioca hein?"
É. "Meu nome é Chico Buarque". 300pau pra poder ver o abraçaço do seu Caetano doládecasa - é 300 mesmo que falta pro aluguel desse mês. "Lembremo-nos de Amarildo - o pai". Ele e a Gal vão cantar juntos no Recife. - passadahora, Caetano fica lá mesmo. - "ele que produziu né?"
"Cê gostou do disco?" - é triste.
Era você que tava ouvindo essa música?
"Não. Eu tava ouvindo o Rômulo. Um disco que nem conheço tanto e em algum momento achei que tava ouvindo essa música."
"Deve ser isso. Eu entrei e acho que te ouvi cantar ela e fiquei com ela na cabeça."
"É. A culpa é do Rômulo"
Roço a minha voz no meu cabelo
Desço a nota até o sol do plexo
Ai, meu amor, me dá, que calor, me beija
Ah, por favor, não vá, por favor, me deixa
Não, o autotune não basta pra fazer o canto andar
Pelos caminhos que levam à grande beleza
Americana global, minha voz na panela lá
Uma lembrança secreta de plena certeza