Páginas

segunda-feira, 30 de junho de 2014

diz lento.



as brisas tiram do papel de fundo a cara da Martha de Barros. e já passava da hora de mudar. sabe, quando precisa mudar alguma coisa na cara? não dá mais? mas não é que martha não seja a cara, é que eu tropecei domingo na Vânia. e a Vânia me tomou, assim, por inteira. o traço, a colagem, a insistência. os números. os pedaços. a incompletude, a ausência.
nessa sessão aí eu quase não aguentei. Vânia exposta no MAC apresentou um SÉU tão foda que não consegui nem fotografar.

mas eis o vento. porque as brisas da isa não se querem mais rascunho, mas sim sementes. o vento. eu aprendi com minha irmã, de tudo é feito. foi feito pra semear.
meu espírito falou pela boca de outro que minha presença é leve (ausente e marcante) feito cheiro de terra molhada.

o preto não é tristeza. nem luto.
mas noite essa sim, me persegue.

vânia veio. e sabe o que é? é inverno. e eu emberno. inverso.