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domingo, 7 de julho de 2013

o resto amargo - a solidão

"Mas tá fazendo frio..." ela imagina alguém dizer. Não importa. Pega as poucas moedas dentro da carteira e compra o picolé mais barato. É pequeno e cheio de corante. Melancia. Sei. É pra criança. E tudo bem. Tudo que ela mais queria era colo mesmo. Faz manha, que nem criança. E acha que vai curar a solidão com doce. - quem dera. Senta-se ao ardido sol do meio dia enquanto não embarca de novo busão gelado do ar inventado. Continua esperando alguma coisa ou alguém que lhe diga: "voce cresceu, baby!" Se levanta com firmeza nos passos. Não... foi só o ônibus ligando pra continuar a viagem. Leva agora consigo o amargo na boca que restou do doce picolé.
"Seu moço, o caminho é grande."