riffies era pouco. queria mais. na noite passada, era um piano de cauda/calda todo seu. notas infinitas teciam. o desconfortável era que junto delas vinha todo um passado inesperado. de repente, a vida eram lances de escadas e andares de shopping center qualquer e a saída dali não custava menos do que ouvir as lamúrias de um amor do passado. se não pode aparecer em carne osso, ok. que se desfaçam as lamúrias ali no reino de morpheu.
do meu lado uma deusa negra, bruxa, intensa. ela que sabe dos cavaleiros que a cerca. eu só ouço, vigio. mal sei de mim.
ainda vivo no descompasso do sonho. justo eu, que queria tanto acordar.
acordar pra quê? arrumar a casa, tirar as coisas do lugar, botá-las em plásticos, endereçar.
o sonho fica latente.
hoje é sexta? às 16:30 sai o ônibus pra ribeirão.... pra onde?
já tem meses que os ônibus levam é pra lapa, santo amaro, socorro. bom retiro.
hoje faltou carona. uma ova.
hoje, foi na medida.
o que vim fazer nessa cidade afinal de contas?
ouvir as canções prediletas. são poucos quarteirões, oras.
engula a comida de anteontem com novos condimentos. hoje a noite é de entornar: e morpheu só reafirmar.
mas imagens dele... há teclas, abraços, o colo e não há fim.
fora dali, há/a poucos quarteirões.
"quem são eles afinal?"
Para além do mundo dos cliques, as ressonâncias nos corpos: familiaridade antiga. sorriso e hospitalidade: viemos.
ao fundo, cantam-se o canto de xangô! salve, oras! hoje foi dia de comer quiabo.
pôsteres, cartazes. jardins suspensos. livros na vitrina ao lado do balcão do goró: um Jaques Danieis: hoje os daniéis foram tantos... Cowboy, por favor. - que gelo faz mal pra garganta. e a água atrapalha o rolê do goró.
ah, helena! isaurinha... tempestade. cabral capa de disco.
rárárá.
grandes sucessos: a música da mulher morta. - de fato, ela podia ser qualquer maria, maria.
bis. dj não tem bis?
dançamos toda a verdade de existir. e respirar é mais quando se canta e dança... e há verdade em ali estar.
rodando, rodando, rodando, rodando, rodando...
o tocante só toca não dança?
tá bom. o aconchego. morpheu tinha razão.
caranguejos são diagnosticáveis. paciência.
papéis. cartazes. tanto faz.
literalmente, passo torto nas calçadas em direção à clélia. ora pois. - a viagem é daqui a poucas horas.
o sol negro dorme ao meu lado.
mandei um postal relembrando dos passos do samba parceiro - será que chega? senão, paciência.
posso dizer ao fim: "era só whisky, cão engarrafado".
meu gato, leon, não entende patavinas. sou só uma Felícia.
entendi o que vim fazer aqui.
o louco. o zero.
são paulo.