vou tropeçando pelas ladeiras os pés encharcados a água que corre, escorre pelos cabelos, os pés, o ventre me inunda. imunda, engasgo e soluço me embriaguei de poema de vírgulas tortas parágrafos inexistentes paráfrases, parábolas metáforas de repente a espada, um punhal nas mãos de um cavaleiro desastrado. o café virado de gole de três dias atrás o papel entalado na garganta o ar não passa. antes a garrafa toda do bourbon ou o saquê da festinha cool de uma terça qualquer me afoguei nas palavras. nenhum dicionário há de me salvar a vida. |